Se, por um lado, há indícios de que essa fase do jogo tem sido muito utilizada por equipes de futsal de alto rendimento; por outro lado há uma carência de estudos que a expliquem, ratificando o fato de que a dimensão técnico-tática desta modalidade tem recebido pouca atenção dos pesquisadores em geral. Isso posto, esta pesquisa se justifica em função de colaborar para que se conheça mais sobre a dinâmica interna do futsal, do ponto de vista estratégico, identificando suas peculiaridades e, por conseguinte, apontando indicadores que possam servir quando do planejamento do treino e da regulação da competição.
Para tanto, elegemos duas questões centrais a serem respondidas: 1) Com que incidência o contra-atraque ocorre em jogos de futsal de alto rendimento?; e 2) De que forma se apresenta essa incidência?
A fim de familiarizar o leitor com o tema deste estudo, explicaremos a seguir algumas particularidades dessa fase do jogo.
CARACTERÍSTICAS DO CONTRA-ATAQUE
Santana salienta que o contra-ataque acontece a partir de quatro situações específicas:
a) a partir de uma interceptação de passe;
b) a partir de um desarme;
c) a partir de uma defesa do goleiro;
d) a partir de uma reposição rápida de uma bola parada quando de arremesso de meta ou de arremesso lateral defensivo.
Para o autor, o jogo de contra-ataque tem uma relação estreita com a qualidade de jogo defensivo da equipe que pode, inclusive, induzi-lo. Nesse caso, como mostram as figuras 1 e 2, a equipe (de cor escura) teria de adotar uma linha de marcação recuada, por exemplo, a partir da linha 3 ou ½ quadra ou a partir da linha 4 ou ¼ de quadra, e um tipo de marcação que exercesse pressão sobre o adversário.
Figura 1 − Linha de marcação 3
Figura 2 − Linha de marcação 4
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